quinta-feira, 29 de abril de 2010

seguiiindo :D

- Sabe Lizzie, queria passar as férias de verão com você, pelo menos parte dela –eu estava adorando a idéia –você gostaria de ir para Miami comigo?

- Ah papai, é o que eu mais quero. Liga para a mamãe? Tem uma mala minha na sua casa, então é só passar na casa do Kevin e me pegar –eu disse pulando de alegria, meu pai sempre gostou de passar as férias de verão comigo.

- Ok, já ligo pra ela, e dentro de cinco minutos chego aí, beijos. –ele concluiu.

Eu ia poder adiar a infelicidade de conhecer os nova-iorquinos, mas não iria ver Holmes, queria que ele fosse comigo, mas papai jamais o levaria junto. Até que eu lembrei de duas coisas: meu computador e o e-mail dele. Perfeito. Na certa ele já tinha internet, santa internet. Um país inteiro entre a gente, porém unidos por uma única coisa: o e-mail. Que cafona o que eu falei. Sou cafona, beijos.

Meu pai, super pontual, chegou em cinco minutos, mesmo.

- Oi pai.

- Oi sogrão.

- Sogrão é a tua bunda, inútil. Nunca aprovei essa porcaria de namoro. –meu pai era um pai durão.

Bom, meu pai era o máximo, a não ser pelo fato do senhor Mark não aprovar o meu namoro com um jogador de futebol, não vejo problema nenhum, mas ele diz que jogador de futebol não presta, mas meu ex era músico, também, mas aí minha mãe dizia que os músicos não prestavam, sempre achei que eles não queriam que eu namorasse.

Coloquei a mão no meu bolso, quando toquei um papel, finalmente, ali estava o e-mail do Holmes, e algo que não tinha reparado antes, tinha o número do celular dele –morri. Na mesma hora peguei o celular do meu pai e liguei pra ele, estávamos à caminho do aeroporto; alguém atendeu.

- Alô? –uma voz grossa.

- É do celular do Holmes? –que vergonha.

- Sim, vou chamá-lo.

Uma pausa. Só ouvi o pai dele... Será que era o pai? Gritando para dele.

- Liz?

- Holmes, ah, estou atrapalhando seu almoço? –fiquei roxa de vergonha, eu sei que fiquei.

- Não, não. Já terminamos.

- Conheceu sua irmã?

- Não, ela foi viajar, sei lá pra onde ela foi. E você? Seu irmão?

- Eu nem conheci, estou indo pra Miami com meu pai.

Eu estava feliz de conversar com ele, ficamos conversando por uma hora, papai queria me matar, mas eu nem via o tempo passar. “Nem com o Kevin você conversa tanto assim, menina. Não é você que paga, né?” papai me disse um milhão de vezes. Não tenho culpa, o Holmes puxava assunto comigo... Tudo bem, eu puxava assunto também, até que tive o azar (sorte para o meu pai) do nosso vôo estar adiantado.

- Holmes, tenho que desligar, o vôo está adiantado.

- Ok, beijo amor –ele me chamou de ‘amor’, ah. – te amo.

- Beijo. –babei muito, ele disse que me ama!

Capítulo 4

Bom, meu único contato com o outro lado do Estado seria por telefone e internet. Eu estava no meio do vôo, quando me lembrei de que papai acabava de se mudar, não sabia se havia internet ainda. Meu maior problema seria se não tivesse afinal papai me deixa a vontade pra fazer o que eu quiser na casa dele.

- Pai, tem internet na sua casa? –quase morri temendo a resposta.

- Ainda não Liz, me mudei faz pouquíssimo tempo, mas por que está tão preocupada assim? –ele me conhecia muito bem pra falar isso.

- É que eu fiz um amigo novo, meu professor de violão, e eu queria conversar com ele durante minha estadia em Miami, papai. –começa, então, o interrogatório.

- Vou providenciar assim que chegarmos, enquanto isso, lembra da Sofia? A nossa antiga vizinha? Bom, ela mora no mesmo prédio que eu, agora, acho que você podia usar a internet dela, apenas por alguns dias, não é? –calma lá, onde está o monte de perguntas sobre meu professor de música? MEU Holmes.

Só tinha um grande problema, eu não suportava a Sofia, quando ela tinha seis anos eu era melhor amiga dela, mas desde que o pai dela começou a ganhar bem... A infeliz nem olha mais na minha cara, é o tipo do ditado: quem te viu e quem te vê. Sofia é do tipo interesseira, só está com você quando convém pra ela, senão, tchau querida. Poxa vida, será que ela seria assim comigo também? É muita mancada dela se fizer isso.

Depois de não sei quanto tempo dentro de um avião cheio de gente, finalmente eu estava em Miami, as praias, tudo ali me lembrava infância. O apartamento do papai ficava ‘perto’ do aeroporto, perto pra mim que dormi o caminho inteiro, então chegamos em um segundo lá. Mal podia esperar pra ver a Sofia, afinal tudo dependia dela pra eu poder continuar falando com o Holmes, mas será que valia a pena voltar a falar com ela? Valia.

Quando chegamos ao prédio, pedi para o senhor Raimundo, o porteiro, para que avisasse à Sofia que eu estava ali e que era pra ela ir ao hall do prédio para me ver. Em cinco minutos lá estava ela, bonitinha até, alta, bem alta. Mas estava diferente, loira, magra, parecia modelo.

- Sofia, tudo bom? –eu comecei.

- Tudo, você não mudou nada não é? –cínica ela, acha que me engana.

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