segunda-feira, 26 de abril de 2010

página cinco.

- Não, tenho tempo até. Fala o que você precisa.

Ele foi me falando e eu ajudando ele a encontrar, eu conhecia aquele mercado como a palma da minha mão, e nós fomos conversando, e nos conhecendo melhor, eu falei um pouco da minha vida, não o fato de odiar meu futuro padrasto, e meu futuro irmão, então deixei essa parte em off, mas falei um pouco da cidade, e tudo mais.

- Já tem escola, Holmes?

- Sim, consegui uma vaga na estadual, perto da praça.

- Que legal, eu estudo lá, você vai ficar na minha sala, aí eu te apresento meus amigos. Já sei, faz assim, pede pra entregar as compras na sua casa, que nem eu, e eu te levo pra conhecer meus amigos.

- É que eu não sei o endereço ainda, meu pai está me esperando no carro, então eu peço pra ele levar, e você me leva pra conhecer o povo, pode ser assim?

- Pra mim tá ótimo. –me empolguei.

Em cinco minutos ele estava de volta. Não sei porquê, mas tem alguma coisa no Holmes que mexe comigo, me deixa boba, sei lá, foram as meninas que falaram. Falaram que meus olhos brilham, sempre que o vejo, sinto que fico tensa e nervosa quando ele está perto.

- Pronto Lizzie, meu pai vai levar as compras pra casa, só que eu tenho que fazer o almoço, então tenho que ir pra casa mais cedo, ok?

- Ok. –eu estava tonta, mas vamos não comentar.

- Sabe, tem uma coisa que eu queria fazer te pagar um sorvete, mas não sei onde é a sorveteira. –ai, pagar pra mim.

- Vem! Eu te mostro.

Gente, o que está acontecendo comigo? É alguma coisa passageira, certeza. Ninguém fica assim só de ver o professor de violão, tudo bem, ele é lindo, perfeito, mas nada disso faz jus ao que eu sinto. Meu Deus grego ele era.

Já na sorveteira, começamos a conversar, falamos de tudo um pouco, Los Angeles, Nova York, amigos, escola, Kevin, Melissa, a ex-namorada dele (ou seja, ele estava solteiro, e eu namorando) falamos muito de nós, sem envolver família, apenas comentamos que a gente não ia gostar dos nossos irmãos, mesmo que não tenhamos conhecido eles ainda.

- Bom, vou te levar ao clube, o Kevin, a Beck, a Bia, enfim, meus amigos, estão lá, vem!

O caminho inteiro fomos cantando, temos um gosto parecido pra música, adivinha, ele foi em um show da Ctrl Z, disse que a gente tem futuro e tudo mais e que ele iria correr atrás de uma gravados, ele queria que a gente gravasse um CD! Nunca que meu professor antigo ia se interessa em uma banda de garagem que só faz shows em bares e em eventos beneficentes.

- Oi meu amor –Kevin chegou e me abraçou, me beijou. Eca. –Oi... Estranho.

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